quinta-feira, 25 de abril de 2013

COITADINHO DO "CADINHO" (Avenida BRASIL)


COITADINHO DO CADINHO...

Adoro telenovelas...e tento seguir particularmente uma que está aí: “AVENIDA BRASIL",porque tem perfis psicológicos dignos de “case studies” e onde existe um personagem fabuloso: para duas mulheres ele é o Cadinho (Alexandre Borges), e para outra ele é o Dudu.


A história desta história que envolve três mulheres e respectivos filhos é hilariante.
Depois de saberem todas umas das outras, uma delas - Alexia(Carolina Ferraz)propõe às outras duas, Noémia(Camila Morgado) e Verónica(Débora Bloch)fazerem "um rodízio de marido" dado que todas gostam dele, e ele a todas ama, não conseguindo afastar-se de nenhuma...
Esta historinha traz à superfície colectiva uma questão mais antiga que o Deus me livre: as esposas e as amantes, pois se há uns largos anos atràs, ser amante era uma actividade mal vista mas tolerada, hoje (enfim, há uns tempos) passou-se a ver esta  actividade "amantíssima"como uma coisa em viés nos casamentos; assim as esposas têm que ser "tudo em um": esposas, amigas, mães, trabalhadoras, fantásticas, glamourosas e amantes...Claro que nem há mulher que aguente, nem homem que se conforme, pois tudo tem função.
   Se eu sou a favor da poligamia?
Sou! Até porque o ser humano não é monogâmico, e é uma barbaridade fazer com que as pessoas prometam coisas que não sabem se podem cumprir no futuro, tais como amar sempre da mesma maneira, tolerar personalidades que começam a fazer cair máscaras ao longo do tempo, ou mesmo carregar com fardos que já vêm das respectivas famílias e com que os cônjuges se confrontam e com os quais convivem com um misto de impotência, azedume e em muitas circunstâncias, com hipocrisia, para que um contrato muitas vezes assinado às cegas, possa prolongar-se.
A tarefa de amante sempre foi de aliviar as pressões que conviver com outros adultos traz; as amantes são assim, uma espécie de “férias”.
O peso das tradições hebraico-cristãs é que toldou e distorceu o facto de um homem poder ter várias mulheres (os antigos hebreus tinham várias mulheres, se as pudessem sustentar…).
Mas, vamos lá com calma e discernimento: A minha ideia é que as mulheres também podem ter mais do que um marido, isto é…se aguentarem com tamanho trabalho…
Antevejo que, num futuro próximo, a nossa civilização tenha mesmo que recorrer a este subterfúgio da nossa natureza animal: com o decréscimo assustador da natalidade, e com o nascimento de mais meninas do que meninos, para que a nossa espécie possa sobreviver, teremos mesmo que partilhar companheiros e companheiras, sem a estupidez do sentimento de posse de que se apropria quem se casa.
Portanto, COITADINHO DO CADINHO, que como diz na história, é o mais fiel dos homens porque está a 100% com cada mulher (quando está com ela) e portanto não pensa em outras fantasias, que tem que aturar três TPM´s, agradar a três mulheres, lembrar-se de três aniversários, e fazê-las às três, felizes e contentes…
Adoro mesmo telenovelas!....
E você que me diz a isto?
Ainda está aí a rosnar contra mim (contra este manifesto) ou está a ser inteligente o suficiente para rever a questão com olhos mais sábios?
Deixe aqui o seu precioso comentário…

2 comentários:

  1. Pois eu durante algum tempo tive a mesma ideia e convicção, no entanto há uns tempos para cá apercebi-me que era intolerante a esta partilha de um homem por várias mulheres desde que existisse sentimentos fortes a envolver a outra relação. Enfim, o que eu quero dizer é que concordo mas não consigo por em prática, mas tenho pena porque compreendo tudo muito bem, os motivos a natureza do bicho homem, etc... bom tema para discussão, obrigada

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  2. Grata pelo comentário,Gisela.E também por ter a sabedoria de não julgar aqueles que conseguem viver em poligamia;apesar de ser a favor, nunca vivi em poligamia, talvez porque nunca se mostrado necessário.Mil sorrisos...

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